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Aqui, no OBSERVANTES, têm lugar privilegiado:

A poesia, os sonhos e a utopia. A critica incisiva às realidades concretas de Portugal e do mundo baseadas na verdade constatada e só nela. "A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida". (Eduardo Girão)

Aqui, no OBSERVANTES, têm lugar privilegiado:

A poesia, os sonhos e a utopia. A critica incisiva às realidades concretas de Portugal e do mundo baseadas na verdade constatada e só nela. "A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida". (Eduardo Girão)

19.03.09

ANDO À PROCURA DOS SORRISOS MEUS


João Chamiço

   Ando à procura dos sorrisos meus Que deste meu semblante se ausentaram, Aquando no sorrir dos lábios teus Nossas bocas em beijos se juntaram.   Ando à procura dos sorrisos meus Sem os quais o meu rosto se enviesa; Abalados dos meus lábios plebeus Para esses teus lábios de princesa.   Se acaso meus sorrisos subtraíste E meu rosto tornaste assim mais triste Sem o brilho que outrora demonstrei;   Vem repartir comigo esse cintilar Que em teus lábios anda agora a pairar Devolven (...)
15.03.09

NÃO SEI ONDE MORAS


João Chamiço

NÃO SEI ONDE MORAS   Não sei onde moras Nem quais são as ruas Em que te demoras No tardar das horas De ter novas tuas.   Não sei que caminhos São as tuas metas Nem os passarinhos Nem os adivinhos Nem as borboletas.   Não sei de onde vens Nem dos passos teus Nem que amores tens Nem se te deténs Nos olhares meus.   Não sei em que estrada Há um beijo à espera Noutra encruzilhada De flores bordada Rosas, primavera.   Não sei onde moras Nem há sois nem luas Que digam se choras (...)
10.03.09

SONHA COMIGO


João Chamiço

Pediste-me que contigo sonhasse Mas os sonhos a dormir sonhados Não obedecem ao nosso sentir. Se em todos nossos sonhos se mandasse P’ra além dos que sonhamos acordados, Moravas em sonhos meus de dormir.   Nem sei, se em sonhos de dormir sonhei Esses sonhos reais que desejaste Para neles contigo me encontrar. Só sei que de manhã quando acordei Não sei se foste tu que me acordaste Mas era em ti, que estava a pensar!.   Depois, os sonhos sonhados de dia Em quantos devaneios se (...)
26.02.09

QUANDO SE VÃO OS AMORES


João Chamiço

 http://geographicae.files.wordpress.com/2007/10/glaciar-argentina-viedma.jpg     Quando se vão os amoresFicam no peito os clamoresE ecos só de amizade.É como se a alma fosseDe um sabor amargo e doceCom um trago de saudade. Teu coração está tão frioComo esse gélido rioQue nasce no glaciar.Não sei se haverá calorQue tenha rubro fulgorCapaz de o incendiar. Se eu fosse (...)
06.12.08

SE


João Chamiço

SE Se todos os defeitos deste efémero viver, Fossem assim, destas simplicidades tão meras, Outros sonhos e outros sóis haveriam de ser Gáudio de antemanhãs sem hora de entardecer Perenemente ornamentados de primaveras.   Se suavizássemos os caminhos lodacentos Bordejando-os de jasmim e de belas rosas, Depois de nós viriam aqueles, cujos adventos, Em caminhos lisos se fariam sem tormentos; Deixando neles um lastro de flores mimosas.   Se reciclados fossem, os canos das bombardas, (...)
28.11.08

TOMEI DE EMPRÉSTIMO O TEU POEMA


João Chamiço

Tomei de empréstimo o teu poema, De clarões repleto, e uma guitarra Que ao longe, dolente trinava E acordava ao ritmo de um fonema. Tomei-o de empréstimo, e lema E leme, talhado em cais de amarra De clarões repleto, e uma guitarra Que em rugidos de mar se empolgava.   Tomei de empréstimo o mar azul Desse mundo teu que estremecido Em clarões de alvorecer do dia Se espraiava esgueirado ao sul; Tomei de empréstimo o mar azul E um som de guitarra se perdia Em desassossegado gemido Sem (...)
17.11.08

A JURA


João Chamiço

                                                                                                                                                                       A JURA Tu pediste-me uma juraE uma jura te jurei!Depois da jura juradaFoi então que me lembrei:Que qualquer jura só duraEnquanto não é quebrada. A jura de (...)