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Aqui, no OBSERVANTES, têm lugar privilegiado:

A poesia, os sonhos e a utopia. A critica incisiva às realidades concretas de Portugal e do mundo baseadas na verdade constatada e só nela. "A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida". (Eduardo Girão)

Aqui, no OBSERVANTES, têm lugar privilegiado:

A poesia, os sonhos e a utopia. A critica incisiva às realidades concretas de Portugal e do mundo baseadas na verdade constatada e só nela. "A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida". (Eduardo Girão)

17.02.06

ESPERANÇA


João Chamiço

Se escutares os pintassilgos a cantar


Respondendo ao desafio das filomelas,


Repara no sol, sobre o monte a cavalgar


Enquanto surgem na paisagem aguarelas


Salpicadas de rosmaninho e macelas.


 


Se dejectarem nos teus ombros os pardais,


Volta atrás e lê a minha primeira rima


E concentra-te no reverso que a sublima


Se te sugarem os vampiros liberais


Ou dejectarem nos teus ombros os pardais.


 


Se alguém te cravar na alma o seu arpéu,


Lembra-te dos lírios, e de todas as flores,


E do extenso abraço, feito de mil cores


Que o arco-íris borda no azul do céu,


Se nas grilhetas de algum “ismo” fores réu.


 


Se dejectarem nos teus ombros os pardais,


Se te sugarem os vampiros liberais,


Volta a escutar os pintassilgos a cantar


 


Respondendo ao desafio das filomelas,


Repara no sol, sobre o monte a cavalgar


Enquanto surgem na paisagem aguarelas.


 


João Chamiço