Vi quando os pastores subiam
Muito acima do nevoeiro
Em busca de novos pastos;
E das brumas ressurgiam
Quando os nevões em janeiro
Lhes dissipavam os rastos.
Sabem de cor os vales sombrios
E os fantasmas que neles moram
Desde os tempos da criação;
Sabem de pastos e pousios
E das serranas que só choram
Quando é de sobra, a razão.
Já conhecem as alcateias
Que moram em morada incerta
Como os pastores e rebanhos,
E que vêm de noite às aldeias
Que é quando a fome mais aperta,
Jantar-lhes os chibos e anhos.
Mas quando o sol dissolve a neve
Ao pastor faz falta subir
E redescobrir o caminho,
Esboça um sorriso breve
Como não tem a quem sorrir
Aprendeu a sorrir sozinho.
Sabem de cor cada vertente
E as ilusões que ali madrugam
Que têm silhuetas de cão;
E dos olhos discretamente
Mulheres serranas que enxugam
Primaveras de solidão.
João Chamiço
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