O ARRUMADOR
João Chamiço
É como um polícia sinaleiro
Executa sinais bem treinados,
E fica na mira do dinheiro
Neste negócio não há fiados.
Do utente, que paga a cobrança
Um encolher de ombros conformado,
É assim que se escusa a vingança
Pra que o carro não surja riscado.
Aborda-nos com ar de simplório
No rosto, as infâncias não tidas,
Mente a quem lhe diz a verdade,
As fronteiras do seu território
Têm regras por ele definidas,
Ele é dono de toda a cidade.
F. Januário