QUEM DERA, QUEM DERA
João Chamiço
Quem dera que fosses
A doce alvorada,
E os teus beijos doces
Na troca infinda
Que de madrugada
Teus lábios ainda
Os meus encontrassem,
Nesse turbilhão
Beijos de paixão
Nos meus os deixassem.
Quem dera, quem dera,
Oh súplica dura
Que a doce quimera
Real se fizesse,
E nesta amargura
Alentos tivesse
No tardar dos dias;
Oh silêncios teus
Sobressaltos meus
Nas horas vazias!
Receio saber
Em que encruzilhada
Se hão-de perder
Mélicas lembranças
Que eram de mão dada;
Vagas esperanças
As dos nossos dedos,
Oh doce quimera
Quem dera quem dera
Saber teus segredos!!!!!!!
João Chamiço
2010-11-20