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Aqui, no OBSERVANTES, têm lugar privilegiado:

A poesia, os sonhos e a utopia. A critica incisiva às realidades concretas de Portugal e do mundo baseadas na verdade constatada e só nela. "A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida". (Eduardo Girão)

Aqui, no OBSERVANTES, têm lugar privilegiado:

A poesia, os sonhos e a utopia. A critica incisiva às realidades concretas de Portugal e do mundo baseadas na verdade constatada e só nela. "A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida". (Eduardo Girão)

20.11.10

QUEM DERA, QUEM DERA


João Chamiço

de mão dada

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quem dera que fosses

A doce alvorada,

E os teus beijos doces

Na troca infinda

Que de madrugada

Teus lábios ainda

Os meus encontrassem,

Nesse turbilhão

Beijos de paixão

Nos meus os deixassem.

 

Quem dera, quem dera,

Oh súplica dura

Que a doce quimera

Real se fizesse,

E nesta amargura

Alentos tivesse

No tardar dos dias;

Oh silêncios teus

Sobressaltos meus

Nas horas vazias!

 

Receio saber

Em que encruzilhada

Se hão-de perder

Mélicas lembranças

Que eram de mão dada;

Vagas esperanças

As dos nossos dedos,

Oh doce quimera

Quem dera quem dera

Saber teus segredos!!!!!!!

 

João Chamiço

2010-11-20