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Aqui, no OBSERVANTES, têm lugar privilegiado:

A poesia, os sonhos e a utopia. A critica incisiva às realidades concretas de Portugal e do mundo baseadas na verdade constatada e só nela. "A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida". (Eduardo Girão)

Aqui, no OBSERVANTES, têm lugar privilegiado:

A poesia, os sonhos e a utopia. A critica incisiva às realidades concretas de Portugal e do mundo baseadas na verdade constatada e só nela. "A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida". (Eduardo Girão)

16.05.09

ZECA AFONSO - SANTIAGO DE COMPOSTELA


João Chamiço

 

JOSÉ AFONSO - SANTIAGO DE COMPOSTELA
 
“Nuestros hermanos”
 homenageiam Zeca Afonso
 
Santiago de Compostela dá nome de Zeca Afonso a um parque da cidade no dia em que se assinalam 37 anos do Concerto do cantor naquela cidade.
Uma centena de pessoas participou no baptizado de um parque em Santiago de Compostela com o nome de Zeca Afonso, numa homenagem marcada pela emoção e pelas críticas à “pouca atenção” que Portugal dedica ao seu cantautor.
O momento de maior emoção aconteceu quando todos os presentes, onde se incluía a viúva do cantor, Zélia Afonso, cantaram em galego e em português, “Grândola Vila Morena”
 
(Notícia do diário XXI, jornal da Beira Interior) em 11 de maio de 2009)
09.05.09

JOGOS FLORAIS DE AVIZ 2009


João Chamiço

 

Jogos Florais de Avis 2009
POESIA OBRIGADA A MOTE
 
(Mote)
Por ternura, por meiguice
Por amor e por verdade,
Sou idosa sem velhice,
Não perdi a mocidade!
 
 (glosa)
Quimera continuada,
É quando a idade sénior
Faz redondilha maior
Dez vezes multiplicada;
Nesta obra inacabada
Em constante meninice,
E algum grau de traquinice,
Que na idade madura
Se aproxima da brandura
Por ternura, por meiguice.
 
II
Mesmo que o Outono seja
Da raiz da primavera
Numa idade mais austera,
Há sempre quem nela veja
Uma flor que se exubera
Em pura fecundidade
E eterna fogosidade;
Quando há pétalas que caem
E outras novas sobressaem
Por amor e por vaidade.
 
             III
Em grande deslumbramento
E constante exultação,
Fiz da vida uma canção
Que canta as rugas do tempo
E é natural unguento
Para quanta patetice.
Ameniza a quixotice
E à vida traz o tempero
Que eu conservo com esmero
Sou idosa sem velhice!
 
IV
Ao tempo mando recados,
Mas o tempo que alcancei
Quantas vezes já pensei,
Que não ouve os meus mandados
E nem murmúrios nem brados.
Sei que não é por maldade
Que ele já não tem a idade
Chamada de cor-de-rosa;
Também eu! Que sendo idosa,
Não perdi a mocidade!
 
Pseudónimo: Viandante
Nome: João Chamiço
 
 (Nota: não foi premiada)
 
É perfeitamente natural que gostemos da nossa própira escrita senão nem sequer nos atreviamos a escrever, mas, temos de ter sempre em conta que outras pessoas terão talentos se sobra para nestas coisas se sobreporem aos demais. Tem por ventura muito mais consciência disto quem, como eu, faz parte de um júri que se vê tantas vezes confrontado com o dilema da escolha perante trabalhos de grande qualidade e por vezes muito equilibrados entre eles.