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Aqui, no OBSERVANTES, têm lugar privilegiado:

A poesia, os sonhos e a utopia. A critica incisiva às realidades concretas de Portugal e do mundo baseadas na verdade constatada e só nela. "A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida". (Eduardo Girão)

Aqui, no OBSERVANTES, têm lugar privilegiado:

A poesia, os sonhos e a utopia. A critica incisiva às realidades concretas de Portugal e do mundo baseadas na verdade constatada e só nela. "A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida". (Eduardo Girão)

22.03.09

JOGOS FLORAIS DE ALMEIRM


João Chamiço

 

 Momento da entrega da Menção Homrosa a

Helena Eusébio Santos

pela poesia que pode ser vista aqui: http://www.helenadobidos.blogspot.com/

 

 

 

A entrega dos prémios aos concorrentes distinguidos nos Jogos florais de Almeirim, decorreu na tarde de hoje dia 21 de Março de 2009 no Auditório da Biblioteca Marquesa de Cadaval na cidade de Almeirim.
Por feliz coincidência também se comemora hoje o dia Mundial da Poesia.
Nem todos os premiados puderam infelizmente estar presentes mas houve quem viesse de Loulé, Faro, Óbidos, Alcobaça, Marvão, Avis, Estoril, Lisboa e até do Brasil.
O tema deste ano era de exigência bastante para dar que fazer aos concorrentes, “TOLERÂNCIA”.
 
Deixo aqui como exemplo o soneto distinguido com o 1º Prémio, da autoria do sr. João Batista Coelho de S. Domingos de Rana:

 

              

TOLERÂNCIA

 

Se nós pensarmos bem, a tolerância

É um primeiro passo, à unidade.
À comunhão; à paz; à consonância;
À busca fidedigna da verdade.
 
É vermos, no comum da discordância,
Um gesto de respeito e de humildade;
De velhos para os erros da infância;
De jovens para quem tem muita idade.
 
É vermos, dentro de nós, a graça imensa
Da alma se encontrar sempre propensa
A perdoar gerências bem alheias.
 
Pois sei que a tolerância é, tão-só,
Na vida, desde o berço até ser pó,
Um homem partilhar outras ideias.
 
Pseudónimo: “Mestre-Escola”
João Batista Coelho
19.03.09

ANDO À PROCURA DOS SORRISOS MEUS


João Chamiço

   Ando à procura dos sorrisos meus

Que deste meu semblante se ausentaram,
Aquando no sorrir dos lábios teus
Nossas bocas em beijos se juntaram.
 
Ando à procura dos sorrisos meus
Sem os quais o meu rosto se enviesa;
Abalados dos meus lábios plebeus
Para esses teus lábios de princesa.
 
Se acaso meus sorrisos subtraíste
E meu rosto tornaste assim mais triste
Sem o brilho que outrora demonstrei;
 
Vem repartir comigo esse cintilar
Que em teus lábios anda agora a pairar
Devolvendo-me os beijos que te dei.
 
2009-03-19
João Chamiço
 
15.03.09

NÃO SEI ONDE MORAS


João Chamiço

NÃO SEI ONDE MORAS

 
Não sei onde moras
Nem quais são as ruas
Em que te demoras
No tardar das horas
De ter novas tuas.
 
Não sei que caminhos
São as tuas metas
Nem os passarinhos
Nem os adivinhos
Nem as borboletas.
 
Não sei de onde vens
Nem dos passos teus
Nem que amores tens
Nem se te deténs
Nos olhares meus.
 
Não sei em que estrada
Há um beijo à espera
Noutra encruzilhada
De flores bordada
Rosas, primavera.
 
Não sei onde moras
Nem há sois nem luas
Que digam se choras
E tardam as horas
De ter novas tuas.
 
João Chamiço
2009-03-15
 
 
 
 
 
 
 
 
10.03.09

SONHA COMIGO


João Chamiço

Pediste-me que contigo sonhasse

Mas os sonhos a dormir sonhados
Não obedecem ao nosso sentir.
Se em todos nossos sonhos se mandasse
P’ra além dos que sonhamos acordados,
Moravas em sonhos meus de dormir.
 
Nem sei, se em sonhos de dormir sonhei
Esses sonhos reais que desejaste
Para neles contigo me encontrar.
Só sei que de manhã quando acordei
Não sei se foste tu que me acordaste
Mas era em ti, que estava a pensar!.
 
Depois, os sonhos sonhados de dia
Em quantos devaneios se cimentam
Transpostos para dimensões reais!
Oh quanto me sustenta a fantasia
Tal como estes versos me alimentam
E às vezes me ferem como punhais.
 
2009-03-10
João Chamiço