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Aqui, no OBSERVANTES, têm lugar privilegiado:

A poesia, os sonhos e a utopia. A critica incisiva às realidades concretas de Portugal e do mundo baseadas na verdade constatada e só nela. "A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida". (Eduardo Girão)

Aqui, no OBSERVANTES, têm lugar privilegiado:

A poesia, os sonhos e a utopia. A critica incisiva às realidades concretas de Portugal e do mundo baseadas na verdade constatada e só nela. "A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida". (Eduardo Girão)

28.11.08

TOMEI DE EMPRÉSTIMO O TEU POEMA


João Chamiço

Tomei de empréstimo o teu poema,

De clarões repleto, e uma guitarra
Que ao longe, dolente trinava
E acordava ao ritmo de um fonema.
Tomei-o de empréstimo, e lema
E leme, talhado em cais de amarra
De clarões repleto, e uma guitarra
Que em rugidos de mar se empolgava.
 
Tomei de empréstimo o mar azul
Desse mundo teu que estremecido
Em clarões de alvorecer do dia
Se espraiava esgueirado ao sul;
Tomei de empréstimo o mar azul
E um som de guitarra se perdia
Em desassossegado gemido
Sem se saber de onde, tal se ouvia.
 
Tomei de empréstimo esses teus fados,
Porque os caminhos, os não havia
Nos jardins, canteiros de alfazema
Alegretes virgens, intocados.
Tomei de empréstimo esses teus fados
E de tua fronte o diadema;
Na guitarra que ao longe se ouvia,
Tomei de empréstimo, o teu poema!
 
João Chamiço
2008-11-28
 
Inspirado no poema “Clarões” de Maria Luísa Adães
 http://prosa-poetica.blogs.sapo.pt/
 
26.11.08

BOLEROS


João Chamiço

17.11.08

A JURA


João Chamiço

                                         

                                             A JURA

Tu pediste-me uma jura
E uma jura te jurei!
Depois da jura jurada
Foi então que me lembrei:
Que qualquer jura só dura
Enquanto não é quebrada.
 
A jura de amor é pura
Se é com amor que a juramos
Aos seres que nos namoram.
Porém, só momentos dura,
Se a jura de amor quebramos
Entre corações que choram.
 
Se a jura não é sincera
Tarde ou cedo nos traz pena
Em sobejos de amargura.
Mas no meio da quimera
É o coração que ordena
Que tempo é que a jura dura.
 
João Chamiço
2006-05-22