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Aqui, no OBSERVANTES, têm lugar privilegiado:

A poesia, os sonhos e a utopia. A critica incisiva às realidades concretas de Portugal e do mundo baseadas na verdade constatada e só nela. "A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida". (Eduardo Girão)

Aqui, no OBSERVANTES, têm lugar privilegiado:

A poesia, os sonhos e a utopia. A critica incisiva às realidades concretas de Portugal e do mundo baseadas na verdade constatada e só nela. "A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida". (Eduardo Girão)

15.03.06

ALGEMAS


João Chamiço

ALGEMAS
(Soneto a Florbela)
 
As flores de amor-perfeito
Que decoram tuas tranças,
São aquelas que em meu peito
Ressuscitam as lembranças.
 
Teu coração me namora
Em paixões de faz-de-conta;
Que em rimas tuas de outrora
Amor novo me desponta.
                                                                
Cinco versos, redondilha,
Cinco cais de uma só ilha
Os dedos com que me “agarras”.
 
Os versos dos teus poemas
São as chaves das algemas
E as cordas com que me amarras.
.
João Chamiço 
.
 
Algemas, (Soneto a Florbela), podia perfeitamente chamar-se (Soneto a Natália (Natália Correia), e é nem mais nem menos que um sincero tributo a todas as poetisas, sejam elas consagradas ou não.
A todas as mulheres que através da escrita poética nos levam em viagens pelo interior dos seus próprios sonhos.