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Aqui, no OBSERVANTES, têm lugar privilegiado:

A poesia, os sonhos e a utopia. A critica incisiva às realidades concretas de Portugal e do mundo baseadas na verdade constatada e só nela. "A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida". (Eduardo Girão)

Aqui, no OBSERVANTES, têm lugar privilegiado:

A poesia, os sonhos e a utopia. A critica incisiva às realidades concretas de Portugal e do mundo baseadas na verdade constatada e só nela. "A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida". (Eduardo Girão)

04.03.06

ENCRUZILHADA


João Chamiço

Todos nos detemos na encruzilhada.


No momento de novo rumo escolher


Sem sabermos qual vai ser a nossa estrada,


E se nos vai levar, ou se nos vai trazer.


 


Sabemos que vamos, porque temos de ir.


Mas quem nos dera ter apenas de ficar.


Ou quem nos dera ter apenas de partir,


Partir amanhã, e amanhã mesmo voltar.


 


Nestas duras dúvidas que nos assaltam


Damos por nós hesitantes, a vacilar,


Pensando em tudo, pensando em nada.


 


E enquanto as dúvidas nos sobressaltam


Incitando-nos a partir, e a ficar,


Todos temos em comum a encruzilhada.



                                                                  João Chamiço

04.03.06

AS FLORES E AS MULHERES


João Chamiço

As flores e as Mulheres

 

Como entender esta cumplicidade

Que há entre as flores e as mulheres?

Natural, seria a rivalidade

Sendo elas os dois mais belos seres.

 

Porque não disputam elas a beleza

Que umas e outras personificam?

É mais um mistério da natureza

Como tantos outros que não se explicam.

 

Há flores que na primavera florescem

Outras há, em permanente florir,

Que não caducam quando envelhecem.

 

No Outono, com pétalas a cair,

Ainda transmitem deslumbramento

Na beleza das rugas em seu tempo.

 João Chamiço