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Aqui, no OBSERVANTES, têm lugar privilegiado:

A poesia, os sonhos e a utopia. A critica incisiva às realidades concretas de Portugal e do mundo baseadas na verdade constatada e só nela. "A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida". (Eduardo Girão)

Aqui, no OBSERVANTES, têm lugar privilegiado:

A poesia, os sonhos e a utopia. A critica incisiva às realidades concretas de Portugal e do mundo baseadas na verdade constatada e só nela. "A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida". (Eduardo Girão)

06.02.06

EL REI O POVOADOR


João Chamiço

Se el-rei o Povoador


Por cá volvesse algum dia


Sem ver cão nem ver pastor


Nem meninos de sacola


Nem professores nem escola


Certamente morreria.


 


Dom Sancho, era seu nome


E vasta a sua visão


Povoador o seu cognome.


Em manhãs de nevoeiro


Antes Dom Sancho primeiro


Que el-rei Dom Sebastião.


 


Talvez que assim o país


Volte a ficar povoado


Como el-rei sempre quis,


E os meninos de sacola


Possam voltar à escola


Num Portugal habitado.


 


E os “Condes e os Barões”


Dessa burguesia puta,


Trazem no ventre ambições


De falsos republicanos;


“Filipes, reis castelhanos”


De um país à “la minuta.”


 


Este país é um fado


À tona, barco veleiro


Sempre a pender p’ra um lado.


Sem praia que tenha pé


Não há vento nem maré


Que traga Sancho Primeiro.


 João Chamiço