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Aqui, no OBSERVANTES, têm lugar privilegiado:

A poesia, os sonhos e a utopia. A critica incisiva às realidades concretas de Portugal e do mundo baseadas na verdade constatada e só nela. "A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida". (Eduardo Girão)

Aqui, no OBSERVANTES, têm lugar privilegiado:

A poesia, os sonhos e a utopia. A critica incisiva às realidades concretas de Portugal e do mundo baseadas na verdade constatada e só nela. "A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida". (Eduardo Girão)

02.11.14

O HOMEM VELHO


João Chamiço

HOMEM VELHO   Sem alegria Na rua ia Desengonçado Corpo vergado Em destrambelho O homem velho.   O adolescente Seu descendente Mirou seu rosto Já justaposto No gasto espelho Do homem velho.   Depois dos anos Breves e ufanos Passam os filhos Nos mesmos trilhos, Dói o joelho Do homem velho.   Pés que se arrastam Por onde passam Deixam nos trilhos Dos pés dos filhos, Dores de artelho De um homem velho.   E os netos vão De olhos no chão Corpo vergado Desengonçad (...)
05.08.11

À JANELA


João Chamiço

  À JANELA (ECRÃ)     Dos teus olhos provem um brilho intenso Mas é em teus lábios que se incendeia Esse sol tão suave como imenso, Mesclado assim de tão sublimes modos Mas que em breves segundos incendeia Os corações tristes dos homens todos.   Em cada entardecer eu te espero Nesta minha solidão que me mata Na triste espera em que desespero, Enquanto não despontas à janela Prendo-me nesta angústia que maltrata Até que, enfim, te vejo assomar nela!!   João Chamiço 2011-08-03
20.11.10

QUEM DERA, QUEM DERA


João Chamiço

                  Quem dera que fosses A doce alvorada, E os teus beijos doces Na troca infinda Que de madrugada Teus lábios ainda Os meus encontrassem, Nesse turbilhão Beijos de paixão Nos meus os deixassem.   Quem dera, quem dera, Oh súplica dura Que a doce quimera Real se fizesse, E nesta amargura Alentos tivesse No tardar dos dias; Oh silêncios teus Sobressaltos meus Nas horas vazias!   Receio saber Em que encruzilhada Se hão-de perder Mélicas lembranças Que eram de (...)
29.10.10

ESPELHOS TEUS


João Chamiço

  Com teu comedimento me disseste, Quando quis tua beleza sublimar; Que, bela não te achavas e quiseste A meus ávidos olhos enganar.   São falazes parceiros, teus espelhos Que contrafazem teu bem parecer. Fingem-se de vidros gastos e velhos, Talvez por não te quererem perder.   Não creias em reflexos desleais Que a teu rosto enviesam, tão cruéis, Crê em meus olhos, puros de cristais,   Que a imagem exacta de ti Reproduzem nos lampejos fiéis Que aos olhares primeiros descobri.   S (...)
18.06.10

PIROPO


João Chamiço

Se eu piropos te dissesse Em palavras sublimadas De frases divinizadas Como poemas subtis, Talvez teu rosto quisesse Responder aos imbecis Babados e convencidos Que vomitam palavrões Com piropos de chavões Quais totós embevecidos.   Se eu piropos te dissesse, Não desses de frases feitas Mas em rimas tão perfeitas Que te fizessem sonhar, Talvez teu sorrir fizesse Em meus olhos cintilar Quanta luz inebriante Do teu olhar deslumbrante Que mesmo quando anoitece Ao (...)
03.05.10

BRISA


João Chamiço

                   BRISA   Vem do norte uma brisa fresca e pura Com sabores de mar e maresia E suaves fragrâncias à mistura Em tónica marcada de candura Signo de peixes, mar de fantasia!.   Ainda que ao de leve, brevemente, Quem dera que a meu rosto beijasse Em aromas ternos e amor ardente Que nos meus lábios indelevelmente Lembranças perfumadas as deixasse.   2010-05-03 João Chamiço
27.10.09

FLORES DE AÇORES


João Chamiço

     Oh singelas flores, de raiz de lava, Quantas fragrâncias raras de perfumeNas pétalas tisnadas cor de lume.Oh espinho agreste, roseiras bravasEm penedias basálticas geradasE em torrentes de chamas libertadas. Oh sublimes sereias cintilantesEmpinadas em vagas imortaisDe infindas ilusões intemporais.Oh belas aparições chamejantesQue insulares estirpes empolgaramE noutros lusos cais se aquietaram. Atirai-me de longe um beijo desabridoE fazei-me sentir o flamejarNum simples (...)
16.05.09

ZECA AFONSO - SANTIAGO DE COMPOSTELA


João Chamiço

  JOSÉ AFONSO - SANTIAGO DE COMPOSTELA “Nuestros hermanos” homenageiam Zeca Afonso Santiago de Compostela dá nome de Zeca Afonso a um parque da cidade no dia em que se assinalam 37 anos do Concerto do cantor naquela cidade.Uma centena de pessoas participou no baptizado de um parque em Santiago de Compostela com o nome de Zeca Afonso, numa homenagem marcada pela emoção e pelas críticas à “pouca atenção” que Portugal dedica ao seu cantautor.O momento de (...)
09.05.09

JOGOS FLORAIS DE AVIZ 2009


João Chamiço

  Jogos Florais de Avis 2009 POESIA OBRIGADA A MOTE   (Mote) Por ternura, por meiguice Por amor e por verdade, Sou idosa sem velhice, Não perdi a mocidade!    (glosa) Quimera continuada, É quando a idade sénior Faz redondilha maior Dez vezes multiplicada; Nesta obra inacabada Em constante meninice, E algum grau de traquinice, Que na idade madura Se aproxima da brandura Por ternura, por meiguice.   II Mesmo que o Outono seja Da raiz da primavera Numa idade mais austera, Há (...)
22.03.09

JOGOS FLORAIS DE ALMEIRM


João Chamiço

   Momento da entrega da Menção Homrosa a Helena Eusébio Santospela poesia que pode ser vista aqui: http://www.helenadobidos.blogspot.com/       A entrega dos prémios aos concorrentes distinguidos nos Jogos florais de Almeirim, decorreu na tarde de hoje dia 21 de Março de 2009 no Auditório da Biblioteca Marquesa de Cadaval na cidade de Almeirim.Por feliz coincidência também se comemora hoje o dia Mundial (...)